O Papa Francisco dedicou sua catequese de hoje ao tema da
família e evangelização.
Segundo
Francisco, embora algumas passagens do Evangelho possam dar a impressão de que
existe uma contraposição entre os laços familiares e o discipulado de Jesus, a
verdade é que o Senhor, longe de querer apagar as exigências do mandamento de
honrar pai e mãe, pretende mostrar o lugar primordial da fé nas nossas vidas,
usando como referência o amor familiar.
“A sabedoria
dos afetos que não se compram e não se vendem é o dote melhor do gênio
familiar. A sua ‘gramática’ aprende-se ali, senão, é bem difícil aprendê-la. E
é precisamente esta a linguagem através da qual Deus se faz compreender por
todos.”
O Papa
Francisco afirmou que os laços familiares, quando são iluminados pela fé, ficam
protegidos do egoísmo e tornam-se capazes de ir além de si mesmos, criando uma
paternidade e uma maternidade abertas ao acolhimento de pessoas que se
encontram à margem dos laços familiares.
“Um só
sorriso milagrosamente arrancado ao desespero de uma criança abandonada, que
recomeça a viver, explica-nos o agir de Deus no mundo mais do que mil tratados
teológicos. Um só homem e uma só mulher, capazes de arriscar e de sacrificar-se
por um filho de outros, e não só pelos próprios, explicam-nos coisas do amor
que muitos cientistas não compreendem.”
Se a família,
que escuta a Palavra de Deus e a põe em prática, tivesse o protagonismo do
mundo e da história, como seria diversa a situação da economia, do trabalho e
do cuidado da terra – disse o Papa –, que frisou ainda que a aliança da família
com Deus é chamada hoje a combater a desertificação das cidades porque como
disse o profeta Isaías “o Espírito de Deus faz florir os desertos”.
Nas
saudações em italiano o Santo Padre fez um apelo pela paz por ocasião da
celebração do final da Segunda Guerra Mundial no Extremo Oriente:
“Nestes dias
também no Extremo Oriente recorda-se a conclusão da Segunda Guerra Mundial.
Renovo a minha férvida oração ao Senhor de todos, de forma que, por intercessão
da Virgem Maria, o mundo de hoje não volte a experimentar os horrores e assustadores
sofrimentos de similares tragédias. Isto é também a permanente ânsia dos povos,
em particular, daqueles que são vítimas dos vários sanguinosos conflitos em
curso.”
“As minorias
perseguidas, os cristãos perseguidos, a loucura da destruição e depois, aqueles
que fabricam e traficam as armas, armas sanguinosas, armas banhadas no sangue
dos inocentes.”
“Nunca mais
a guerra! É o grito forte que dos nossos corações e dos corações de todos os
homens e mulheres de boa vontade se dirige ao Príncipe da Paz.”
Fonte - Rádio Vaticano
0 comentários:
Postar um comentário