
Sempre buscamos estar em companhia do outro, seja ele um
namorado, amigo ou alguma pessoa de nosso convívio.
Sempre escuto pessoas dizendo: “E agora, o que será da minha vida sem ele (a)?”; “Sem você minha vida não tem sentido!” (Antes de conhecê-lo (a) a sua vida também não tinha sentido então?). Quem nunca soltou essa: “Se você não for, eu não vou!”.
Sempre escuto pessoas dizendo: “E agora, o que será da minha vida sem ele (a)?”; “Sem você minha vida não tem sentido!” (Antes de conhecê-lo (a) a sua vida também não tinha sentido então?). Quem nunca soltou essa: “Se você não for, eu não vou!”.
São frases como essas que me levaram a observar,
juntamente com o relato e a experiência de alguns atendimentos, algumas
conclusões. São elas:
JULGAMENTO:
Ter medo do que o outro vai pensar ao me ver sozinho (a).
Não posso estar sozinho, o que vão pensar de mim? Que não tenho ninguém? (Mas
qual o problema de não ter alguém?).
ENFRAQUECIMENTO DOS LAÇOS AFETIVOS:
Uma pessoa com laços familiares afetivos enfraquecidos,
principalmente na infância (pai/mãe ou figura paterna-materna que a
represente), pode adquirir a necessidade de ter uma figura que lhe preencha
esse “vazio”.
EXPERIÊNCIAS NEGATIVAS:
Pessoas que vivenciam ou vivenciaram experiências
negativas podem ter o que a psicologia cognitiva comportamental chama de
“crenças centrais” negativas, ou seja, criar a sua própria visão das coisas
como forma negativa e distorcida da realidade, desenvolvendo interpretações
errôneas sobre vários aspectos da vida, fazendo com que se sintam inseguras,
incapazes de fazer algo sozinhas, e outros sentimentos negativos que as fazem
ter a necessidade da reafirmação do outro.
APARÊNCIA E STATUS:
É muito comum, principalmente em redes sociais como o
Facebook, encontrar o “status de relacionamento sério” no perfil. Diariamente
pessoas postam fotos aparentemente “felizes” (será que estão felizes mesmo?).
Tudo isso para “mostrar para o outro” ou passar a imagem de uma pessoa que não
está sozinha. Claro que não podemos generalizar. Realmente existem pessoas que
fazem isso e que são muito felizes, e que não fazem isso somente para passar
uma imagem positiva para alguém. Mas esse tipo de comportamento nada assertivo,
dito anteriormente, é muito mais comum do que imaginamos.
PRESSÃO DA SOCIEDADE:
Sabemos que, desde a antiguidade, a mulher tem o papel de
“procriadora”. Enquanto o homem trabalhava, a mulher ficava em casa cuidando
dos filhos e dos afazeres domésticos (o que mudou muito desde a atualidade).
Sabemos que antigamente a pressão era enorme para que a mulher se casasse e
tivesse filhos. Os paradigmas nesse sentido diminuíram muito, porém, existem
aquelas pessoas que se sentem pressionadas, muitas vezes, pelos próprios
membros da família para que se casem. Não só para as mulheres, mas para os
homens também, isso mesmo!
Não podemos ignorar o fato de que esses pensamentos ainda
se refletem em nossa sociedade. Sabe quando você vai a uma festa e aquela tia
te pergunta se já está namorando? Sabemos muito bem não é? Esse é um bom
exemplo.
Não estou dizendo que estar sozinho (a) não é ruim, todos precisamos uns dos outros, mas gostaria de colocar a solidão não somente como algo negativo.
Não estou dizendo que estar sozinho (a) não é ruim, todos precisamos uns dos outros, mas gostaria de colocar a solidão não somente como algo negativo.
Existem sim pessoas que vivem sozinhas e são felizes.
Estar só não significa que você seja solitário. Como já dizia Jean-Paul Sartre:
“Se você sente tédio quando está sozinho, é porque está em péssima companhia.”
Se você está na lista dos que se sentem sozinhos, não se
sinta mal por isso. Aproveite para realizar aquele sonho. Invista em sua
carreira, vá viajar, faça uma caminhada, cuide do seu corpo e principalmente da
sua mente. É preciso cuidar da causa, para que assim possamos driblar nossas
maiores angústias e conseguirmos viver bem com a nossa melhor companhia: nós
mesmos!
Por Psiconlinews via Aleteia
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