Um comentário
sobre a polêmica questão que apareceu no ENEM
O Ministério
da Cultura não desiste mesmo de querer impor à sociedade brasileira, sobretudo
aos jovens, a Ideologia de Gênero, que quer colocar em nossa cabeça a “fórceps”
que não existe sexo, num desrespeito ao que já foi aprovado pelas autoridades
do governo.
O Plano
Nacional de Educação foi aprovado pelo Congresso Nacional, excluindo dele a
Ideologia de Gênero; e a Lei foi sancionada pela Presidente da República. Ora,
o assunto, ao menos em nível governamental, deveria cessar. Há uma definição
clara e legal sobre a matéria.
Mas os
ideólogos que defendem essa cultura, vencidos no campo legal, insistem em usar
os meios controlados pelo governo para insistir nesta tecla.
Em um vídeo
muito divulgado na internet, o Procurador Regional da República em Brasília,
Dr. Guilherme Scheib, afirma que:
“O governo
federal e alguns governos locais cometem graves ilegalidades contra a família e
a infância, ao propor e implantar em escolas públicas e particulares a
ideologia de gênero.
Diversas
denúncias revelam a prática de ministrar aulas para crianças sobre sexo anal,
bissexualidade, sexo com animais, prostituição e até masturbação. Além de
apresentar temas sexuais complexos ao entendimento de crianças e adolescentes,
procura-se relativizar abusivamente na mente das crianças os conceitos morais
de masculinidade e feminilidade”. E o Procurador apresenta até um “Modelo de
notificação extrajudicial” que se for necessário pode a ser entregue ao diretor
da escola de seu filho (www.bit.ly/protegerfamilias).
Agora, a
questão volta no ENEM (24-25 de outubro de 2015). Uma questão da prova de
Ciências Humanas do Enem 2015 chamou a atenção porque colocou em uma das
questões a ousada afirmação da feminista Simone de Beauvoir (†1986), uma das
ativistas da Ideologia de Gênero:
“Ninguém nasce
mulher, torna-se mulher. Nenhum destino biológico, econômico define a forma que
a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que
elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam o
feminino”. “(Simone Beauvoir, O segundo sexo, Rio de Janeiro, Nova Fronteira,
1980).
Ela deixa
claro que “o objetivo final do movimento feminista é eliminar a diferenciação
entre os sexos. A meta é a ectogênese, ou seja, a possibilidade de ter filhos
fora de um corpo feminino”. Por isso, já se trabalha na construção de um útero
artificial.
O MEC não
poderia insistir neste tema, com o propósito claro que fomentá-lo nas cabeças
dos jovens, uma vez que a Lei o excluiu da Educação Nacional. Nitidamente se
nota uma ação totalitária, pois é inserida contra a decisão das Instituições
democráticas em vigor no país. Isto acontece porque a ideologia de gênero é
algo tão absurdo, que só mesmo por caminhos desonestos e ditatoriais, pode ser
imposto à sociedade.
É uma
ideologia subversiva que derruba o Direito natural, desconstrói a pessoa,
desnorteia a criança, destrói a família, o matrimônio e a maternidade; e, deste
modo, fomentam um “estilo de vida” que incentiva todas as formas de
experimentação sexual desde a mais tenra idade; inclusive a pedofilia e o
incesto, defendidos sorrateiramente pela Simone Beauvoir e outras feministas.
É um projeto
global que tem por objetivo garantir que as crianças percam todos os pontos de
referência. Tira delas o último reduto que permite a identificação com algo
sólido e enraizado: a identidade sexual.
A diferença
sexual é a origem da humanidade. A reprodução humana ocorre devido a esta
diferenciação. O Estado não pode querer substituir os pais na educação das
crianças, de modo que não tenham nenhum controle sobre os filhos. É uma
estratégia totalitária, que está operando tendenciosamente para impor a sua
ideologia, aproveitando de nossos filhos. É uma Ideologização da educação com
fins perversos. A genética prova, por nossos cromossomos, que só existem dois
sexos: XX (mulher) ou XY (homem).
É preciso ler
com atenção o que dizem algumas líderes feministas que defendem a ideologia de
gênero:
Shulamith
Firestone, feminista, em seu livro “A Dialética do Sexo”, diz: “Devemos incluir
a opressão das crianças em qualquer programa feminista revolucionário…. Nossa
etapa final deve ser a eliminação das próprias condições da feminilidade e da
infância.”
Christine
Riddiough – Presidente da Comissão Feminista de Socialistas Democratas da
América [DSA Feminist Commission], grupo ativo na ONU: “A cultura gay/lésbica
pode também ser vista como uma força subversiva, capaz desafiar a natureza
hegemônica da ideia de família. Isso deve, contudo, ser feito de modo que as
pessoas não percebam o que estamos fazendo por oposição à família em si mesma.
Para que a natureza subversiva da cultura gay seja usada com eficiência, temos
que apresentar modos alternativos de compreender as relações humanas”.
O Papa
Francisco, recentemente, afirmou que a ideologia de gênero é um erro da mente
humana que provoca muita confusão e ataca a família. O papa lamentou a prática
ocidental de impor uma agenda de gênero a outras nações por meio de ajuda
externa. Chamou isso de “colonização ideológica”, comparando-o à máquina de
propaganda nazista. Segundo ele, existem “Herodes” modernos que “destroem e
tramam projetos de morte, que desfiguram a face do homem e da mulher, destruindo
a criação.”
A CNBB alertou
os católicos para o seguinte: “Com a ideologia de gênero, deixou de ser válido
aquilo que se lê na narração da criação: «Ele os criou homem e mulher» (Gn 1,
27). A introdução dessa ideologia na prática pedagógica das escolas trará
consequências desastrosas para a vida das crianças e das famílias. O mais grave
é que se quer introduzir esta proposta de forma silenciosa nos Planos
Municipais de Educação, sem que os maiores interessados, que são os pais e
educadores, tenham sido chamados para discuti-la”.
Não sejamos
omissos diante dessa desconstrução da verdadeira missão da mulher e da família.
Prof. Felipe Aquino
Fonte: cleofas.com.br
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