Pe. Aldo Buonaiuto, exorcista italiano: “por trás das brincadeiras, a
obra do diabo”
Das
brincadeiras do Haloween, ou Dia das Bruxas, para o ocultismo há só um pequeno
passo, afirma o pe. Aldo Buonaiuto, da Comunidade Papa João XXIII. Ele é
exorcista e coordenador de um serviço de ajuda a vítimas do ocultismo. Todo mês
de outubro, a linha 0800 desse serviço toca sem parar.
Este é um
relato de poucos dias atrás:
“Ligou uma mãe
desesperada, que tinha descoberto as mentiras do filho, um rapaz excelente,
sincero, que, de repente, mudou de círculo de amizades. Ela descobriu que o
rapaz tinha profanado um cemitério… Eu falei com o rapaz. Por que você fez
isso? E a primeira palavra foi Halloween. Chorando, ele me falou da forte
persuasão dos novos amigos. No começo parecia tudo uma brincadeira, um jogo.
Depois, ele descobriu que eles estavam agindo a sério; que todos eles
acreditavam mesmo naquilo que estavam fazendo. E ele não conseguia se livrar
deles”. O episódio quase banal revela como é fácil entrar nesses circuitos.
Mas, “especialmente para um jovem, não é fácil sair deles, por vergonha, medo e
tantas dinâmicas típicas dessa idade”.
O pe. Aldo
Buonaiuto acaba de lançar, na Itália, o livro “Halloween: Lo scherzetto del
diavolo” (A brincadeira do diabo – título livremente traduzido; a obra ainda
não está disponível em português), que examina aspectos históricos e
sociológicos desse fenômeno dito cultural.
Segundo ele, a
famosa frase “doçura ou travessura?” vem de outra: “oferenda ou maldição?”, de
origens celtas e usada em sacrifícios ao deus da morte, Samhain, para propiciar
um bom inverno. Embora este significado mais recôndito fique escondido sob a
pátina comercial, “o Halloween continua sendo a festa mais importante dos
satanistas, envolvendo ocultismo, esoterismo, magia, bruxaria”. Por trás das
máscaras, o pe. Aldo vê “a obra insidiosa do diabo, uma rasteira indireta para
derrubar suas vítimas”. A mídia faz o resto: “As crianças de hoje nem sabem que
existe a festa de Todos os Santos, mas sabem, porque isso é incutido até nas
escolas, que existe o Dia das Bruxas – ou Halloween”.
E quanto à
memória dos falecidos?
“Sequer é
comparável. O Halloween exalta o espiritismo, o mundo invisível ligado às
forças demoníacas. O Dia de Finados está ligado à crença na vida eterna, na
ressurreição do corpo. As religiões têm respeito pelos mortos. O Halloween não
tem. Ele ultraja os mortos”.
“Não se pode
banalizar este fenômeno. Para muita gente, é só um momento de diversão, mas,
para os satanistas, a participação indireta também conta: quem se fantasia está
de certa forma exaltando o reino do mal. Que pai quer ver seu filho de rosto
desfigurado, sem os olhos, gotejando sangue? Qual é a diversão nisso? O que se
esconde de verdade por trás desse fenômeno que leva a considerar esse tipo de
coisa como normal?”.
O exorcista
está convicto:
“A nossa
sociedade não precisa de Halloween, de monstruosidade, de imagens agressivas e
violentas do macabro e do horror. Esta sociedade não precisa das trevas. Nossos
filhos precisam da luz. Por que não oferecemos a eles a festa dos santos? Esta
é que é uma beleza! É um grande desafio numa sociedade que se devota às coisas
ruins para torná-las normais”.
Daí o convite:
preparar festas temáticas sobre as vidas dos santos. E um apelo aos sacerdotes,
professores e catequistas:
“Tenham a
coragem de testemunhar a fé desses grandes heróis, os santos e beatos, que têm
muito a transmitir para esta sociedade. Abram as portas das paróquias não para
abóboras vazias, mas para festas belas! O Dia de Todos os Santos é uma grande
oportunidade para sermos quem somos: filhos da luz!”.
Fonte: aleteia.org
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